Doença de Parkinson

O que é a doença de Parkinson?

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da doença de Alzheimer. Trata-se de uma doença crónica de evolução lenta e progressiva, caracterizada pela destruição dos neurónios dopaminérgicos, envolvidos no controlo dos movimentos corporais.

No entanto, os doentes permanecem assintomáticos até que 50-70% destes neurónios estejam destruídos, surgindo os primeiros sintomas geralmente por volta dos 60 anos. As causas desta degeneração neuronal são incertas, mas os cientistas suspeitam de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

Sintomas

A doença é caracterizada por uma combinação de 3 sintomas motores:

• Os tremores de repouso ocorrem quando as partes do corpo não estão em movimento e os músculos estão relaxados. Na maioria das vezes, afectam um membro superior, como o braço, a mão ou o pulso, mas também podem ocorrer na cabeça.
• A acinesia é a lentidão e a dificuldade de movimento e interfere com todas as actividades diárias: caligrafia lenta e progressivamente mais pequena, andar lento e hesitante, dificuldade em levantar-se de uma cadeira e em virar-se na cama, etc.
• A rigidez dos membros (hipertonia) provoca dores musculares e rigidez. Pode afetar todos os músculos do corpo, mas concentra-se geralmente ao longo da coluna vertebral, dando origem a uma postura encurvada e inclinada para a frente.

Estes três sinais não estão necessariamente presentes ao mesmo tempo e podem também estar associados a outros sintomas não motores: perturbações do humor, perturbações do sono, perturbações cognitivas, perturbações do olfato, fadiga, dor, obstipação, incontinência, depressão, etc. Uma doença incapacitante que reduz a autonomia, a vida relacional e profissional e a qualidade de vida dos doentes.

Diagnóstico e tratamento da doença de Parkinson

O seu diagnóstico baseia-se essencialmente no exame dos sinais de alerta dos sintomas acima referidos, tendo em conta o estado geral do doente. Nalguns casos, podem ser realizados exames de imagem (TAC, RMN, etc.), mas não são essenciais para o diagnóstico da doença. O acompanhamento do doente de Parkinson é efectuado pelo médico de família ou pelo geriatra.

Se a doença de Parkinson não for curável, os sintomas podem ser aliviados com medicação e reabilitação física e da fala. Estas soluções podem melhorar a qualidade de vida dos doentes, mas não abrandam nem param a progressão da doença.

Esta informação não substitui o aconselhamento médico. Deve procurar o conselho do seu médico ou de outro profissional de saúde qualificado para quaisquer questões que possa ter relativamente ao seu estado de saúde.