A Sophie partiu o pulso depois de escorregar nas pedras da bonita Lisboa.
Já é a terceira vez num ano que parte um osso.
Está a ficar cansada…
Olá, sou a Dra. Joy!
Sophie, e todos vós, hoje escrevi um artigo que vos pode interessar. Vamos falar de osteoporose, uma doença que afeta os ossos. Vou também partilhar convosco 3 conselhos para a prevenir.
Vamoooos!
O que é a osteoporose?
A osteoporose é uma doença dos ossos. É causada por uma diminuição da densidade óssea, da massa óssea e, por conseguinte, da resistência óssea. O osso torna-se mais frágil, menos resistente e, consequentemente, o risco de fratura aumenta (fraturas do pescoço, do fémur, do pulso, das vértebras, etc.).
E nós, senhoras, somos as que correm mais riscos… De facto, afeta uma em cada três mulheres após a menopausa.
Não deve ser confundida com a osteoartrose, que é o desgaste e a destruição da cartilagem das articulações. É dolorosa e reduz a mobilidade das articulações. Afeta principalmente as grandes articulações que suportam o peso: joelhos, ancas e coluna vertebral.
Quais são os sintomas?
O principal sintoma é a fratura devido à fragilidade óssea. Pode ocorrer apenas por uma queda de pé.
As fraturas mais comuns são as do pulso, das vértebras ou do colo do fémur. Nas mulheres com mais de 50 anos, as fraturas do pulso são frequentemente indicativas de osteoporose.
As fraturas das vértebras, também designadas por compressão vertebral, são muito dolorosas. Se se repetirem, conduzem a uma diminuição da altura e ao risco de formação de um nódulo.
Após os 80 anos, as fraturas do colo e do fémur são as mais frequentes.
Quais são os fatores de risco da doença?
Tal como acontece com todas as doenças, nem todos corremos o mesmo risco de desenvolver osteoporose. Vejamos os fatores de risco da doença.
- Idade, género, hereditariedade e osteoporose
O envelhecimento é a principal causa da osteoporose. As mulheres são também mais afetadas do que os homens. Com efeito, a menopausa é um fator de risco, sobretudo se ocorrer precocemente (antes dos 40 anos).
A história familiar de osteoporose deve ser tida em conta.
- Certos tratamentos
Muitos medicamentos provocam uma perda de densidade óssea. É o caso, por exemplo, de:
- Tratamento com corticosteróides em doses elevadas durante pelo menos três meses consecutivos (atuais ou passados), por exemplo, na artrite reumatoide ou na doença de Crohn
- Determinados tratamentos conduzem a uma diminuição ou cessação da secreção de hormonas sexuais (por exemplo, endometriose tratada com medicamentos antigonadotrópicos, tratamento hormonal do cancro da mama, tratamento hormonal do cancro da próstata, etc.)
- Doenças endócrinas
Algumas doenças endócrinas que são tratadas tardiamente podem levar à osteoporose:
- Hiperparatiroidismo, que se deve a um aumento da secreção das glândulas paratiróides
- Hipertiroidismo
- Deficiências
Afeta sobretudo as pessoas com falta de luz solar no inverno, os idosos com mobilidade reduzida e/ou com carência de cálcio devido a um consumo insuficiente ou a uma alimentação inadequada (rica em sal, proteínas e/ou café).
A carência de vitamina D provoca a perda de cálcio na urina e leva à desmineralização óssea.
Não hesite em pedir ao seu médico um suplemento de vitamina D durante o inverno.
- Hábitos de vida
O estilo de vida das pessoas com osteoporose é frequentemente um fator.
A magreza excessiva, a falta de atividade física ou a imobilização prolongada, o tabagismo excessivo e o consumo de álcool aumentam o risco de ser afetado pela osteoporose.
Como é diagnosticada a osteoporose?
A osteoporose é diagnosticada principalmente através de um exame, chamado densitometria óssea. Este exame permite avaliar a densidade dos ossos. É indolor.
Quais são os tratamentos?
Em primeiro lugar, é essencial adotar um estilo de vida saudável.
Depois, alguns medicamentos previnem o aparecimento da osteoporose, intervindo antes do enfraquecimento dos ossos. Outros têm um efeito curativo, promovendo a reparação óssea.
Os medicamentos mais utilizados para tratar a osteoporose são os bifosfonatos. Estas moléculas abrandam a atividade dos osteoclastos, as células que decompõem o osso, limitando assim a perda óssea.
A toma deste tratamento pode levar a complicações ósseas no maxilar (osteonecrose do maxilar). É por esta razão que os médicos prescrevem primeiro um controlo pré-tratamento, incluindo uma avaliação oral e radiológica.
Antes do início do tratamento, é aconselhável efetuar os cuidados dentários necessários: tratamento de cáries, remoção de focos infecciosos e extracções dentárias, se necessário.
Posteriormente, recomenda-se a monitorização da higiene oral e o acompanhamento regular por um dentista durante todo o tratamento.
Outros medicamentos são utilizados como tratamento de segunda linha ou em situações especiais. É o caso da terapia de reposição hormonal (TRH, hormonas sexuais femininas), que pode prevenir ou reduzir a perda óssea, ao mesmo tempo que alivia os sintomas desagradáveis da menopausa.
É o médico que decide se deve ou não prescrever estes medicamentos. Devem ser tidos em conta vários fatores (idade da doente, grau de perda óssea medido por densitometria óssea, etc…). Este tratamento é mais frequentemente prescrito às mulheres que já sofreram várias fraturas.
Outras medidas podem ser implementadas, como a melhoria da casa para evitar as quedas. Por fim, o uso de almofadas para a anca pode ser recomendado pelo médico.
Como é que a osteoporose pode ser prevenida?
A osteoporose pode ser prevenida principalmente através da melhoria do seu estilo de vida.
- Ajustar a sua alimentação
Como já vimos, as carências são um fator de risco para a osteoporose. Recomenda-se, portanto, que adapte a sua alimentação para a prevenir.
Para o efeito, forneça cálcio ao seu organismo. A dose recomendada é de 1000 a 1200mg por dia. Encontra-o em: produtos lácteos, queijo e certas águas minerais.
Os produtos lácteos desnatados ou semi-desnatados fornecem tanto como os fabricados com leite gordo, sem os inconvenientes da gordura.
Se estes aportes forem insuficientes, o médico pode prescrever suplementos de cálcio.
Em seguida, abastecer-se de vitamina D. Esta desempenha um papel fundamental! A vitamina D favorece a absorção do cálcio pelo trato digestivo. Como é que se faz isso? No verão, aproveite o sol durante uma hora por dia, com a cabeça e os braços nus, para armazenar vitamina D durante um ano. Não é necessário expor-se durante várias horas! O sol e a pele não se misturam bem em grandes doses. Se esta exposição mínima não for suficiente, coma alimentos que contenham vitamina D – peixes gordos, gemas de ovos, manteiga e margarina, etc.
O médico pode prescrever uma ou duas gotas de vitamina D por dia no inverno.
Em suma, dê prioridade aos alimentos ricos em cálcio (produtos lácteos, água mineral com cálcio, etc.) e aos que fornecem vitamina D (peixes gordos, gema de ovo, manteiga, etc.).
Para se certificar de que o seu consumo é bom, pode pedir ajuda ao seu médico. Este poderá aconselhá-la e sugerir-lhe uma dieta que limite as carências.
- Praticar uma atividade física regular
A atividade física fortalece os ossos.
Privilegie as atividades que provocam pequenos impactos nos ossos, tais como: corrida, ténis, caminhadas, step, etc. Estas atividades têm um efeito estimulante direto sobre as atividades de formação óssea. Por conseguinte, são muito boas para prevenir a osteoporose nos membros inferiores.
Para os membros superiores, a situação é mais complicada. Os desportos de raquete são benéficos, mas apenas para o membro dominante. O mesmo acontece com a natação, que envolve principalmente a parte superior do corpo.
Consoante o desporto praticado, é possível aumentar o capital ósseo em 10 a 15%, o que é muito melhor do que os resultados da medicação.
Aqui vamos nós: e 1, e 2, e 3, e 4, toca a mexer!
- Deixar de fumar
O tabaco acelera a perda óssea.
Além disso, nas mulheres que fazem terapia de reposição hormonal para aliviar os problemas da menopausa, acelera a eliminação dos estrogénios e aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Também é possível deixar de fumar graças à hipnose.
Lembre-se, o estilo de vida é o principal fator de risco da osteoporose. Tem as ferramentas à sua disposição e os profissionais de saúde do centro médico Alegria estão aqui para a ajudar.
Até breve,
Beijinhos,
Dra. Joy!
Estas informações não substituem o aconselhamento médico.
Deve procurar o conselho do seu médico ou de outro profissional de saúde qualificado para quaisquer questões que possa ter relativamente ao seu estado de saúde.
Fontes: